Xamanismo e o Brasil. 2ª Parte.


Xamanismo e o Brasil.

2ª Parte.


Umas das etnias que mantém ainda sua essência é a Mbyá Guarani.
Net Er U

Analisando suas lendas e divindades, vemos que o índio era e é essencialmente monoteísta, com divindades auxiliares ou projeções do Deus Criador - novamente como no Egito em que a palavra que designa os integrantes da corte celeste, neteru – net er u, as divindades – foi errônea ou intencionalmente traduzida como deuses, às semelhanças não param ai.

O Deus Criador é Nhamandu = a Grande Escuta, de som, de vibrações.

Nhamandu criou através de seu canto. De sua melodia surgiram cada coisa criada.
Através da Linguagem Sagrada, fez surgir as 4 forças primordiais da sua vara/cetro, postando as 4 divindades que governam as direções.

Começando o circulo da roda do ano:

A leste Jakaira* Ru Eté*  –  o Pai da nevoa.
Ao norte Kuaracy/Guaracy Ru Eté* – o Pai da Luz, do Sol.
Ao oeste Tupan Ru Eté* – o Pai das chuvas e dos raios.
Ao sul Karai Ru Eté* –  o Pai do fogo. 
Fez brotar ao centro, Pindoju, a Palmeira Amarela a orientar os 4 governantes das direções.

* O J tem sempre som de I
* Ru Eté = Pai Verdadeiro.      

O fato de se achar que Tupan é seu Deus maior é que o Pai Tupan é um ancestral importante, mais próximo a nos.
Organizador entre as divindades auxiliares e seus heróis, como Zeus ou Júpiter  com quem corresponde em funções e atributos pois todos eles são senhores dos raios – Rei das divindades em suas respectivas moradas celestes.

Fica claro que a harmonia da criação, das 4 direções, é reverenciada e o porquê de terem como Símbolo Sagrado a Coruça, a Cruz  esta a de braços iguais – nome que dão também ao seu símbolo Celeste mais Sagrado, Coruça... o Cruzeiro do Sul.


(vide nossas obras Mitologia de Síntese e Umbanda Kabalística – a verdadeira origem e fundamentos de um culto genuinamente brasileiro,).



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