A religiosidade em Terras Brasileiras. 2ª Parte


A religiosidade em Terras Brasileiras.

2ª Parte


Este novo culto criado em nossa terra era – de forma simplificada – da seguinte forma:

O negro já chegando aqui Monoteísta, pois que acreditava em uma Divindade Maior Criadora chamada:
Olorum entre os Nagôs. 
Panteão 
Zamby ou Zambyapongi entre os Angolenses.
E Obatalá, o filho de Olorum – pelos Nagôs.

Reverenciavam, também, outras divindades – auxiliares ao criador – representantes das forças da Natureza.

Faziam uso do mediunismo, "recebendo" só estas divindades, os Orixás - que nunca encarnaram na terra, apesar de sua mitologia – as Itans de Ifás – contarem suas vidas fazendo-as "terrenas" como na mitologia grega – que por sinal tem muitas semelhanças em suas lendas – e nunca recebendo a desencarnados, os eguns.

Faziam, também, oferendas a estas divindades com alimentos e sacrifícios animais.

Como confirmam os estudos de inúmeros pesquisadores como o saudoso Nina Rodrigues,
que viveu muito tempo entre eles.

Este período vai de aproximadamente 1537 até 1888.

Neste intervalo por volta 1547 surgiu outro sincretismo, os negros que aqui chegaram constataram que o seu culto e crenças tinha muitas semelhanças com o dos vermelhos destas terras, o nosso índio, fizeram então este entrelaçamento com o que restara – já em muito modificado – do antigo culto da Yurema, formando o Omolocô ou o chamado Candomblé de Caboclo, onde já havia a manifestação mediúnica de desencarnados, os eguns – o que é totalmente contra os verdadeiros fundamentos do Candomblé – manifestando-se Sacerdotes/Babalawo dos negros desencarnados, chamados Babaegum e índios, muitas vezes Chefes/Morubixabas e Curandeiros/Nhanderus dos vermelhos, apesar da invocação dos Orixás, em culto separado, imperava mais a raiz ameríndia.

Posteriormente a esta forma sincrética chamada Omolocô foi, primeiro, feito o sincretismo com os Santos Católicos - para que houvesse uma maior aceitação pelos senhores de engenho - e em seguida foi acrescentado as prática de feitiçaria, trazidas pelo branco colonizador, da Europa surgindo assim o chamado Catimbó – este termo surgiu porque na fusão afro-ameríndia do Omolocô já se usavam as praticas propiciatórias de defumação do índio chamada de tatatimbo e por perda da pronuncia e pratica original formou se a corruptela cacatimbó seguida de catimbó.

Da fusão das praticas de feitiçaria europeia e algumas dos índios, deram o nome – os brancos idealizadores – de adjunto da jurema, neste culto manifestavam-se desencanados africanos, ameríndios, europeus na forma dos mestres e mestras pela influência do lado da feitiçaria e posteriormente entidades de desencarnados, já brasileiros, de varias regiões do país.


Mais ao final deste período tivemos um novo sincretismo após a fusão com os Santos Católicos, tempos depois, funde-se também com alguns rudimentos da grande doutrina dos espíritos – o Espiritismo ou o chamado Kardecismo – vindo da cultura do branco europeu.


(Vide nossa obra Umbanda Kabalística

 – a verdadeira origem e fundamentos de um culto genuinamente brasileiro) 




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