Spargirica A Alquimia e as Ervas


Spargirica – A Alquimia e as Ervas

Em tempos muito antigos um sábio levanta-se na madrugada para ver sua colheita de orvalho... ingrediente importante em suas experiências e realizações alquímicas.
Colhe ervas em momentos específicos... certas datas do ano, horas do dia, antes do nascer ou por do sol.

Nestes tempos os conhecimentos nunca estão divorciados da prática. Nesta época um Sábio/Sacerdote – um Mag, Druida, Wizard, Souccer, Payé – faz seus estudos e desenvolvimento com todos os conhecimentos disponíveis, ou seja, estudava o conjunto das Leis Universais para não ficar nenhuma lacuna em seu desenvolvimento, lembrando que o mais importante não era ter apenas o conhecimento em si, mas a Sabedoria, a prática destas ciências.

A Sabedoria não se resume apenas em conhecimentos adquiridos, mas na vivência destes em seu dia a dia, a vivência da Ciência Sagrada para seu beneficio e crescimento.

Criaram formas e métodos para facilitá-los no seu desenvolvimento e, também, em sua recuperação caso algum problema surgisse. Tais como: hábitos de vida, alimentação, sono suficiente, isto é, o método correto da alimentação, exercícios físicos simples e eficientes de regulação das energias, as práticas de bio-energia e respiração, servindo-se delas para a manutenção do equilíbrio psicofísico da saúde plena e integral.
Praticando esses ensinamentos mantinham se sempre em harmonia, permitindo um maior e melhor desenvolvimento e saúde. Por sua vez, estas mesmas práticas poderiam ser usadas para recuperar a saúde caso fosse necessário.

Faziam uso deste conhecimento para aliviar os aflitos, seja em casos de saúde, transtornos psicoemocionais, dificuldades reais no plano material (nunca para o comodismo ou regalias) – por amor ao semelhante que como eles tinham uma Luz interior – tu és uma estrela – mesmo que ainda não desperta ou expandida.

Dai surge a função de Terapeutai, Shaman, Medicine Man, Nhanderu ou Payé – o Pajé, Rosa+cruzes (os originais discípulos de Christian Rosekreust).
Sabiam que assim encontrariam seus continuadores, primeiro como Discípulos depois como Companheiros e Mestres. Encontrariam, então, as suas estrelas irmãs. 
Exemplos são os recursos da Ciência Sagrada no ramo da Espargírica ou Alquimia vegetal que vem do celeiro da natureza e tem servindo como alimento, instrumento de cura, manutenção da saúde e desenvolvimento psicoespiritual.
Conhecimento que influenciou e faz parte do Sistema da Medicina Homeopática, filha da Alquimia – Spargirica e Mineral, veremos mais sobre isso em outra oportunidade.

No meio vegetal, plantas de poder (não só alucinógenas, de desenvolvimento ¨shamanico¨) mas também do poder de reequilibrar o ser vivo, no caso o humano.
São usadas para recuperar a saúde, para o despertar de capacidades espirituais, para limpezas energéticas e espirituais. Como:
Payot – cogumelo,
Aeiouasca, Mandrágora,
Shimphytum – confrei,
Aloe – babosa,
Copaíba, Verbena, Absinto etc.
Servindo para vários benefícios.

Com o passar do tempo e o amadurecimento da humanidade o conhecimento de algumas tornaram-se disponível, e elas de uso comum.

Em tempos mais recentes, a indústria farmacêutica copiou – de forma sintéticapedacinhos de vegetais, os alcalóides de substâncias vegetais, podendo ter efeitos colaterais ou ser tóxicas – o que não costuma ocorre com o uso natural da planta inteira – mesmo quando manipulada em laboratório – em sua forma integral, usando a sinergia de toda a planta.

O aspartame, por exemplo, de origem natural, a insulina que é copia da planta, da insulina natural.
A aspirina é outro exemplo, que tem este nome por causa de uma planta que contem o acido acetilsalicílico.

A Natureza é poderosa em sua forma e expressão interna e externa no homem. A Natureza é a própria criação da Divindade, tanto que a manipulação das plantas deve ser global, isto é, física, energética, mental e espiritual.

Estes apontamentos são para que os Irmãos Estrela conheçam o método dos antigos Sábios que utilizam o conhecimento com Sabedoria conforme a necessidade.

Métodos práticos que permitiam e permitem, ainda, o desenvolvimento gradativo da Sabedoria – que não é apenas conhecimento ou pratica, mas, o vivenciar, o viver o que se aprende e acredita em seu dia-a-dia, o caminho de crescimento material/espiritual que se abraçou – que são na verdade um só.

(vide nossas obras Mitologia de Síntese e  Kabalah Prática.)


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Xamanismo e o Brasil. 2ª Parte.


Xamanismo e o Brasil.

2ª Parte.


Umas das etnias que mantém ainda sua essência é a Mbyá Guarani.
Net Er U

Analisando suas lendas e divindades, vemos que o índio era e é essencialmente monoteísta, com divindades auxiliares ou projeções do Deus Criador - novamente como no Egito em que a palavra que designa os integrantes da corte celeste, neteru – net er u, as divindades – foi errônea ou intencionalmente traduzida como deuses, às semelhanças não param ai.

O Deus Criador é Nhamandu = a Grande Escuta, de som, de vibrações.

Nhamandu criou através de seu canto. De sua melodia surgiram cada coisa criada.
Através da Linguagem Sagrada, fez surgir as 4 forças primordiais da sua vara/cetro, postando as 4 divindades que governam as direções.

Começando o circulo da roda do ano:

A leste Jakaira* Ru Eté*  –  o Pai da nevoa.
Ao norte Kuaracy/Guaracy Ru Eté* – o Pai da Luz, do Sol.
Ao oeste Tupan Ru Eté* – o Pai das chuvas e dos raios.
Ao sul Karai Ru Eté* –  o Pai do fogo. 
Fez brotar ao centro, Pindoju, a Palmeira Amarela a orientar os 4 governantes das direções.

* O J tem sempre som de I
* Ru Eté = Pai Verdadeiro.      

O fato de se achar que Tupan é seu Deus maior é que o Pai Tupan é um ancestral importante, mais próximo a nos.
Organizador entre as divindades auxiliares e seus heróis, como Zeus ou Júpiter  com quem corresponde em funções e atributos pois todos eles são senhores dos raios – Rei das divindades em suas respectivas moradas celestes.

Fica claro que a harmonia da criação, das 4 direções, é reverenciada e o porquê de terem como Símbolo Sagrado a Coruça, a Cruz  esta a de braços iguais – nome que dão também ao seu símbolo Celeste mais Sagrado, Coruça... o Cruzeiro do Sul.


(vide nossas obras Mitologia de Síntese e Umbanda Kabalística – a verdadeira origem e fundamentos de um culto genuinamente brasileiro,).



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A religiosidade em Terras Brasileiras. 2ª Parte


A religiosidade em Terras Brasileiras.

2ª Parte


Este novo culto criado em nossa terra era – de forma simplificada – da seguinte forma:

O negro já chegando aqui Monoteísta, pois que acreditava em uma Divindade Maior Criadora chamada:
Olorum entre os Nagôs. 
Panteão 
Zamby ou Zambyapongi entre os Angolenses.
E Obatalá, o filho de Olorum – pelos Nagôs.

Reverenciavam, também, outras divindades – auxiliares ao criador – representantes das forças da Natureza.

Faziam uso do mediunismo, "recebendo" só estas divindades, os Orixás - que nunca encarnaram na terra, apesar de sua mitologia – as Itans de Ifás – contarem suas vidas fazendo-as "terrenas" como na mitologia grega – que por sinal tem muitas semelhanças em suas lendas – e nunca recebendo a desencarnados, os eguns.

Faziam, também, oferendas a estas divindades com alimentos e sacrifícios animais.

Como confirmam os estudos de inúmeros pesquisadores como o saudoso Nina Rodrigues,
que viveu muito tempo entre eles.

Este período vai de aproximadamente 1537 até 1888.

Neste intervalo por volta 1547 surgiu outro sincretismo, os negros que aqui chegaram constataram que o seu culto e crenças tinha muitas semelhanças com o dos vermelhos destas terras, o nosso índio, fizeram então este entrelaçamento com o que restara – já em muito modificado – do antigo culto da Yurema, formando o Omolocô ou o chamado Candomblé de Caboclo, onde já havia a manifestação mediúnica de desencarnados, os eguns – o que é totalmente contra os verdadeiros fundamentos do Candomblé – manifestando-se Sacerdotes/Babalawo dos negros desencarnados, chamados Babaegum e índios, muitas vezes Chefes/Morubixabas e Curandeiros/Nhanderus dos vermelhos, apesar da invocação dos Orixás, em culto separado, imperava mais a raiz ameríndia.

Posteriormente a esta forma sincrética chamada Omolocô foi, primeiro, feito o sincretismo com os Santos Católicos - para que houvesse uma maior aceitação pelos senhores de engenho - e em seguida foi acrescentado as prática de feitiçaria, trazidas pelo branco colonizador, da Europa surgindo assim o chamado Catimbó – este termo surgiu porque na fusão afro-ameríndia do Omolocô já se usavam as praticas propiciatórias de defumação do índio chamada de tatatimbo e por perda da pronuncia e pratica original formou se a corruptela cacatimbó seguida de catimbó.

Da fusão das praticas de feitiçaria europeia e algumas dos índios, deram o nome – os brancos idealizadores – de adjunto da jurema, neste culto manifestavam-se desencanados africanos, ameríndios, europeus na forma dos mestres e mestras pela influência do lado da feitiçaria e posteriormente entidades de desencarnados, já brasileiros, de varias regiões do país.


Mais ao final deste período tivemos um novo sincretismo após a fusão com os Santos Católicos, tempos depois, funde-se também com alguns rudimentos da grande doutrina dos espíritos – o Espiritismo ou o chamado Kardecismo – vindo da cultura do branco europeu.


(Vide nossa obra Umbanda Kabalística

 – a verdadeira origem e fundamentos de um culto genuinamente brasileiro) 




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